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Candidatos Fake

por Pidim

 

Numa democracia todos têm o direito de votar e ser votado. Nessa eleição há comentário de que mais de uma dezena de candidatos, de todos as formas e gostos, concorrem a Assembleia Legislativa e a Câmara Federal por Catalão e região.

Alguns são políticos natos e exercem mandatos. Em outros há questionamentos sobre a real intenção de suas candidaturas pois nunca exerceram sequer um cargo de assessoria política e em alguns casos nunca foram candidatos em nenhuma eleição, nem mesmo a síndico de prédio ou a presidente da torcida do CRAC. O comentário é que são utilizados para enfraquecer candidatos adversários a mando de algum chefe político.

Esse fato já aconteceu diversas vezes em eleições anteriores com lançamento de nomes apenas para a retirada de votos de concorrentes. Passada a eleição esses candidatos Fakes são moralmente expurgados do meio e nenhum deles se arrisca a outra candidatura, nem mesmo a cargos menores. Ficam depois à espera de alguma nomeação em um órgão governamental, geralmente recebendo salário irrisório, mas totalmente compatível e equivalente à sua ação de ser um fantoche nesse processo moralmente reprovável.

Catalão tem cerca de 70 mil eleitores que somados com as cidades mais próximas (Ouvidor, Três Ranchos, Goiandira, Nova Aurora, Davinópolis, Cumari, Anhanguera e Campo Alegre) e são lideradas pelos políticos mais fortes da cidade de Catalão têm mais cerca de 20 mil eleitores. Desses 90 mil eleitores de Catalão e região, retiradas as abstenções, votos nulos e brancos, são aproveitados cerca de 65 mil votos, que são distribuídos entre esses candidatos e os tradicionais paraquedistas. Sobra pouco. Razão de que o candidato que realmente almeja o sucesso tem que ter base estrutural fora desse círculo.

Em média (dependendo da sigla/coligação) para se eleger um deputado Estadual necessita-se de cerca de 25 mil votos e para Deputado Federal em cerca de 80 mil votos. Quantos desses pré-candidatos têm essa possibilidade real?

Questiona-se: como acreditar em uma candidatura séria dentro desse contexto se o pretenso candidato a uma vaga na Assembleia Legislativa ou Câmara Federal não se elege nem a vereador e nem sequer já concorreu a nenhum cargo político eleitoral?

Essa elevada quantidade de candidatos pode dar errado. Anápolis, terceiro maior colégio eleitoral de Goiás com quase 300 mil eleitores, já ficou sem mandato de deputado estadual em administrações anteriores devido a essa competição manipulada.

Política é uma atividade que deve ser mais séria e compromissada e com menos artimanhas, senão quem perde é a cidade, seu povo.

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