“Virou uma Reboqueterapia” – Prefeito Adib Elias
O prefeito Adib Elias em uma entrevista foi bem direto a respeito do atendimento de Saúde em Catalão. Ele promete mudança no atendimento a partir de 1º de dezembro onde, em alguns casos, a pessoa terá que comprovar que é morador de Catalão para ser atendido, como por exemplo em partos no Hospital Materno Infantil.
O prefeito alega que os Hospitais da cidade atendem cerca de 240 mil pessoas com cartões do SUS e não recebem a devida participação das prefeituras dessas 130 mil pessoas que vêm das cidades vizinhas realizar o atendimento em Catalão.
O prefeito alega que as prefeituras dessas cidades recebem auxílio do Ministério da Saúde, per capita, e não repassam para a Santa Casa de Catalão, que recebe auxílio somente da prefeitura de Catalão. “Estamos bancando a mais de um ano e não vamos mais fazer isso”, diz o prefeito.
Ele diz que vai tomar iniciativa de somente atender habitantes com vínculo em Catalão. “Não dou conta de fazer Saúde para uma região inteira…Todos os dias vem gente de todos os lugares da região para ser atendidos aqui”, enfatizou.
Além do atendimento na Santa Casa, no Materno Infantil a informação é que são realizados cerca de 60 partos/mês de gestantes da região. Cada parto tem um custo de R$ 7.500 reais para o município de Catalão.
A prefeitura tem a obrigatoriedade de aplicar 15% na saúde, mas em Catalão esse número já chegou até a 27%. Recursos que tiveram que ser retirados de outras áreas.
O que disse o Secretário Municipal de Saúde
O secretário de Saúde, Dr. Fernando Netto, disse que esteve reunido com o Ministro da Saúde na semana passada e foi informado que a Santa Casa é a única que está autorizada a realizar internações pelo SUS e que deveria somente realizar os atendimentos até o valor repassado, de R$ 316 mil reais, que é a parte pactuada com as outras cidades e Catalão.
Segundo o secretário o Pronto Socorro não é porta habilitada pelo Ministério da Saúde. Ele se mantem porque a prefeitura paga R$ 610 mil reais por mês (média de R$ 6 reais por habitante) para ele se manter aberto. Na UPA que tem um custo de R$ 450 mil reais por mês, recebe-se R$ 100 mil reais por mês do governo federal e R$ 50 mil do governo estadual, que tem 10 meses que não pagam. Restante é bancado pela secretaria Municipal de Saúde de Catalão, do fundo municipal de Saúde.
Alega ainda que prefeitos das cidades vizinhas mandam as pessoas para o Pronto Socorro da Santa Casa e para a UPA que se transformaram num grande ambulatório. “Não há obrigação de dar esse atendimento na Santa Casa, na UPA sim”, diz Dr. Fernando. O secretário tenta transformar a UPA de porte 3 para porte 7 que daria um acréscimo de R$ 300 mil reais no repasse federal, mas como está em final de governo a pequena possibilidade de atender o pedido da secretaria municipal. “Hoje tem 500 UPAs fechadas no Brasil, é um processo falido”, afirma.
O secretário de Saúde reuniu com os prefeitos da região na tentativa de que eles pagassem para a Santa Casa realizar os atendimentos na mesma proporção que Catalão o faz, ou seja de R$ 6 reais por habitante. Uma cidade como Três Ranchos pagaria R$ 18 mil reais por mês, Ouvidor R$ 40 mil reais, Goiandira R$ 30 mil, etc. Não houve ressonância e em uma reunião marcada do provedor da Santa Casa com os prefeitos da região, apenas um compareceu.
Vale lembrar que quando um paciente de outra cidade entra no Pronto Socorro da Santa Casa ele não faz somente a consulta. Ele pode realizar uma tomografia, exame laboratorial, raio X, interna-se. Só a prefeitura de Catalão não dá conta de pagar por esses serviços.
Segundo o secretário o atendimento de Urgência continuará sendo feito aqui em Catalão o que não vai se admitir é porta aberta para o nível de ambulatório.
Na cidade de Ouvidor chegou-se a fazer endoscopia, ultrassom, partos, pequenas cirurgias, e hoje não faz mais nada e a prefeitura diz que tem R$ 8 milhões de reais em caixa, além de promover shows caipiras constantemente.
Boa Saída
É ideia do prefeito Adib Elias para o novo governador Ronaldo Caiado (DEM) que transforme a Santa Casa de Catalão em um grande Hospital Regional, recebendo assim verba estadual e podendo manter então o atendimento para todas as pessoas da região.