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OPINIÃO

por Pidim

Esse Vinho é diferente ou é o Rótulo que é novo?

O país passa por mudança no perfil dos representantes políticos, na escolha dos candidatos, já bem demonstrada nessa última eleição (2018) onde políticos tradicionais foram expurgados do meio, ocasião em que alguns caciques foram até humilhados pela ridícula votação. As promessas não cumpridas, a ausência de transparência, a arrogância, a prepotência, a falta de humildade, o distanciamento do contato verdadeiro e constante com o povo, falam mais alto do que a própria competência/cultura e já não tem mais ressonância no eleitorado, com raras exceções ainda mantidas por benesses pessoais à uma parte da população votante. Esses falsos políticos que ainda conseguiram a vitória são os eleitos para cargos de menor significância, de um custo altíssimo, conhecidos como os compradores de votos humildes, hoje existente em uma pequena parcela da população, que a cada dia fica mais exigente, mais entendedora da política e mais distante desse procedimento ardiloso.

Isso está se espalhando e é o mote do momento e quem não se adequar, vai dançar. Tivemos um presidente da República que foi eleito com cerca de 60 milhões de votos, ficando os últimos 45 dias da campanha em casa. Não teve tempo de TV, Rádio, e usou tão somente as Redes Sociais com milhões de pulverizadores de seu projeto. Deu certo, mas não funcionou para centenas de outros que usaram a mesma estratégia.

O grande questionamento é que se nomes novos que chegam representam de verdade projetos diferenciados, bons, com posições antagônicas ao que não deu certo. Nem sempre o novo dá certo. Em Catalão, recentemente tivemos uma eleição com o slogan do Novo, de um Troca/Renova, que foi um desastre.

De qualquer maneira percebe-se uma movimentação para que nas eleições de 2020, ao executivo e Câmara Municipal, haja diversos candidatos, assim como foi nessa última de 2018.

Além dos candidatos naturais, dos partidos mais representativos (MDB e PSDB), muitos outros que disputaram essa última eleição à Mesa Diretora da Câmara Municipal já deram declarações que sonham com voos mais altos e podem entrar no processo. Eles expuseram sobre a massificação da ideia de nova maneira de condução da política, de trato e direcionamento de recursos, de ideias mais populares, que são do agrado popular. Foi o primeiro passo e seguramente dali virá algum nome.

Mas há também comentários de outras opções em 2020 no meio não político, de gestores/empresários, totalmente sem vínculos, como foi o caso de sucesso do governador Romeu Zema em Minas Gerais, que não estava no rol de favoritos e não era conhecido no meio político.

Na verdade as aspirações, os sonhos, são direitos de todos.

Não se iludam, vem uma nova eleição daqui a dois anos e será muito diferente das anteriores. Virá com muitas caras novas, ou em alguns casos com caras velhas de roupas novas. O novo traz esperança, não tem desgaste, mas é também uma interrogação. O que o povo vai julgar é se o vinho é novo, ou se trocaram apenas o rótulo. À conferir.

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